terça-feira, 21 de junho de 2016

Gatos - felinos domésticos

Boa tarde.
Hoje irei falar um pouquinho sobre os gatos. Esses felinos entraram de vez no coração, nas casas e nos apartamentos das pessoas e cada vez mais conquistam espaço no mercado pet.

Os gatos são pequenos felinos que podem variar de acordo com a raça, coloração, peso, tamanho e comportamento. O mais importante é lembrar que gatos não são "cachorros pequenos".

Muitas pessoas criam gatos como se fossem cães mas qualquer pesquisa básica mostra necessidades dietéticas, comportamentais e de cuidados totalmentes diferentes.

Gatos são animais que necessitam de atenção. Os cães precisam de atenção e comandos, como se estivessem sempre esperando uma ordem do tutor. O gato, não. Ele vive sua vida de forma independente mas não quer dizer que não goste do seu tutor. Os gatos ensinam uma lição ao humano que é gostar sem precisar possuir, comandar.

Gatos são animais ativos. Quando filhotes, brincam bastantes como se estivessem simulando caçadas, fugas e emboscadas. Tudo fruto da memória ancestral dos seus antepassados que está mais enraizadas nos felinos do que nos cães. Gatos são capazes de viver na natureza caçando pequenas aves e répteis. E não muito incomum, presenteiam seus tutores com seus "prêmios" para agradecer a moradia.

Gatos cuidam da sua própria higiene. Se lambem e retiram pêlos mortos e pequenos parasitas e sujidades. Banhos para eles são desnecessários mas algumas vezes se torna conveniente. Escovação é importante, principalmente em animais de pêlos mais longos para prevenção de tricobenzoares (bolas de pêlos no estômago).

Possuem dentes afiados e garras retráteis. Ou seja, elas saem apenas quando necessários e são usadas nas caçadas e para escaladas. Costumam desgastar-las ou afiá-las em árvores ou troncos mas podem usar o seu sofá para isso. Procure ter sempre um arranhador próprio para o seu bichano.

Felinos são bastante higiênicos em relação aos seus excrementos. Preferem enterrar na areia do que deixá-lo ao ar livre. Isso torna necessário o uso da caixinha e da areia higiênica em residências que não tenha espaço externo. A areia higiênica deve ser trocada sempre que necessário.

Alguns gatos tem por costume, o hábito de se alimentar a noite enquanto passam o dia dormindo. A quantidade, a frequência e o tipo de alimentação devem ser respeitadas e orientadas pelo médico-veterinário. Diminuir as horas de sono ou alterar o seu local de descanso pode deixar o bichano estressado.

Essas observações e outras mais valem como orientações gerais em relação a criação de gatos. As pessoas que se dispõem a cuidar de gatos logo percebem que cada animal tem as suas particularidades e devem ser respeitadas.

terça-feira, 14 de junho de 2016

Cuidados com o paciente idoso

Bom dia. Hoje irei falar sobre a fase idosa dos animais e a especialidade veterinária que é responsável pelos seus cuidados - a geriatria.

 As pessoas tendem a se encantar pelos animais na fase infantil. Nessa idade, tudo é novidade e as brincandeiras não param. Contudo, na fase idosa é que exige a maior atenção e cuidados por parte dos tutores. E na maioria das vezes, nesseomento são negligeciadas.

As pessoas tendem a assimilar a idéia de que a cada ano canino corresponde a sete anos humanos. O que se sabe é que o animal se torna idoso por volta dos 7-8 anos. Cães de raças de grande porte tendem a amadurecer fisiologicamente e metabolicamente mais rápido que os cães de pequeno porte. Isso explica o porquê de serem observados mais animais pequenos idosos do que de grande porte. Quando bem cuidados, estes podem ser encontrados com 15 anos ou mais.

Esses cuidados são vários. Desde a alimentação, passandos por passeios, vacinas, temperatura, obstáculos até as visitas ao veterinário. Assim como em seres humanos, o idoso é visto como sinônimo de fraqueza ou doença. Mas com a atenção dos tutores, o animal pode continuar levando sua vida normal na maioria das vezes.

O paciente idoso tende a ganhar mais peso devido a diminuição do metabolismo com o passar da idade. Isso também acontece com pacientes castrados. A mudança se dá na diminuição de alguns compostos como gordura e carboidratos para evitar o aumento da massa, e de proteínas para não agredir a função renal.

Os passeios tendem a ser mais curtos e deve ser respeitado o cansaço do paciente. Muitos deles, devido a problemas articulares ou cardíacos tendem a evitar caminhadas longas, obstáculos e exercícios mais intensos.

Os tutores devem ter cuidado com os excessos de temperatura. Animais idosos podem se sentir mal devido ao aumento de temperatura ou em um passeio em dia mais quente. Ou pode sentir dores nas articulações em dias mais frios.

O veterinário deve ser visto com mais frequência. Algumas doenças costumam aparecer com o passar da idade e o seu diagnóstico e tratamento precoce muitas vezes é fundamental.

Distúrbios cardíacos (endocardiose, hipertensão arterial, edema pulmonar), articulares (luxação patelar, ruptura de ligamento cruzado cranial, displasias, hérnia de disco intervertebral), oftalmológico (catarata, ceratoconjuntivite seca), gastrointestinal (constirpação, hipomotilidades intestinal, distúrbios hepáticos, pancreáticos), metabólica ou hormonal (hipotireoidismo, hipertireoidismo, diabetes, hiperadrenocorticismo), renal (insuficiência renal aguda/crônica),sexual (piometra, cistos ovarianos, hiperplasia prostática), neurológicos (distúrbios comportamentais), odontológicos (cálculos dentários, gengivites), além do aparecimento de nódulos/tumores são algumas das doenças mais comuns da geriatria.

O veterinário deve estar ciente de que está diante de um paciente idoso e orientar o tutor sobre as responsabilidade e cuidados que ele deve ter. Exames devem ser mais periódicos e o paciente deve ser encaminhado para especialistas veterinário se necessário.

Com esses cuidados, você pode curtir seu parceiro(a) com mais saúde e garantir a sua qualidade de vida por mais tempo.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Medo da anestesia? Quem nunca?

Boa tarde.

Hoje irei falar de um dos assuntos que mais criamv dúvidas e medo no coração dos tutores de animais - a anestesia.

Muitas vezes, os proprietários de animais se deparam com a necessidade de realizar um procedimento cirúrgico em seus animais. Seja por motivos eletivos como uma castração ou por necessidade ou até mesmo em uma situação de emergência. E tudo isso só é possível com o auxílio da anestesia.

O risco anestésico varia de acordo com alguns fatores. O médico-veterinário deve estar ciente de todos esses fatores para realizar um procedimento cirúrgico-anestésico seguro. Idade, doenças concomitantes (infecções, traumas, hemorragias) e problemas crônicos (cardíacos, renal, diabetes) são exemplos de  complicantes para o procedimento anestésico.

Existem estudos na literatura que estagiam o paciente de acordo com  gravidade e indicam quais exames e medidas o veterinário deve adotar para tornar a anestesia a mais segura possível.
Por mais saudável ou jovem que o animal seja, ainda assim a anestesia será um procedimento de risco. Mesmo assim, nunca se deve evitar de se realizar um procedimento cirúrgico por receio da anestesia.

O que garante a segurança anestésica é a qualidade da equipe de médicos-veterinários que está assistindo o seu animal. O veterinário deve ter uma conversa com os proprietários para deixá-los cientes dos riscos e das possibilidades que podem ocorrrer no pré, trans e pós-cirúrgico. Isso passa uma maior segurança e tranquilidade aos tutores.

Procure sempre um veterinário de confiança. Veja nele a segurança e a qualidade que você precisa. Exija sempre acompanhamento de um veterinário anestesiologista e de anestesia inalatória. Nela, além de uma anestesia tranquila e segura, o paciente não sentirá dor, estará monitorado com medidores de pressão, oximetria, temperatura e ritmo cardíaco e terá um retorno anestésico rápido e tranquilo, auxiliando enormemente na recuperação no pós cirúrgico.

Dr. Alfredo Magalhães
Médico-Veterinário
CRMV - CE 2273



quinta-feira, 2 de junho de 2016

Atendimento Veterinário em Domicílio

Olá .

Hoje irei falar de atendimento veterinário domiciliar, um segmento na Medicina Veterinária que cresce no país e atrai cada vez mais adeptos, tanto por parte dos proprietários de animais, quantos dos veterinários.

O atendimento domiciliar consiste na visita do veterinário à residência do proprietário afim de evitar o deslocamento do paciente, muita vezes sendo dificultada por fatores como estresse, agressividade, doenças, baixa imunidade, entre outros. Muitas pessoas sem meios próprios de locomoção também tem dificuldades ou até são impossibilitadas de levar o seu pet para o veterinário.

Gatos muitas vezes evitam caixinhas de transporte ou passeios de carro pois geralmente se agitam bastante. Cães de grande porte são difíceis de serem transportados e paciente idosos podem se sentir mal durante passeios se não tiverem costume. Alguns cães e gatos enjoam e vomita dentro do carro devido ao balanço (cinetose)

Com o veterinário atendendo a domicílio, o paciente é atendido em casa, sem estresse, sem prejuízos, sem risco de contrair ou propagar doenças infecto-contagiosas e no conforto da própria residência. A consulta é basicamente a mesma. O paciente é avaliado pelo veterinário da mesma forma que estivesse em uma clínica ou hospital. Na verdade, o paciente fica até mais relaxado, pois se sente seguro. Se necessário for, exames são coletados e medicações são aplicadas dependendo se o animal permitir. Em alguns casos, é indicado fazer esses procedimentos em ambiente ambulatorial.

Cães e gatos filhotes, que necessitam das primeiras doses das vacinas são os mais beneficiados nos atendimentos veterinários domiciliares. Por não apresentarem imunidade suficiente para se protegerem de muitas doenças infecto-contagiosas, eles pode ser infectados em ambientes hospitalares e adoecer. Em casa, os pets pode ser vacinados sem problemas e sem riscos, sendo liberados para passeios após finalizar o esquema vacinal.

Obviamente por motivos de estrutura e equipamento não é indicado tratamento residencial em paciente em urgência e emergência ou que necessitam de alguma procedimento cirúrgico. Pacientes nessas condições devem ser encaminhados rapidamente para o médico-veterinário mais próximo ou de sua confiança.

Portanto, tenha sempre em mente a possibilidade de ter seu animalzinho sendo atendido em casa. Evita o deslocamento, gastos com combustíveis e o trânsito e diminui o receio de alguns pets tem ao sair de casa. Pode ter certeza que eles agradecem.

Dr. Alfredo Magalhães
Médico - Veterinário
CRMV - CE 2273

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